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AMARGOR
Na essência do ser, prática que alma comove,
Preso em labirinto, que enfático suspira
Convence no sofrer, o de que se comprove
Prazer no que condena; em parte resumira.
Por dores suportar que no corpo e se cale.
Atira nas tormentas, a esmo, que sem rumo
Supérfluos sentimentos quererem que exale
Perfumes de que em tudo constitua o sumo.
Na prisão de que o evita sem lua notar
Do sol em que carrasco luz que não se vem
Sem ter da lua nobre o luar embebido.
Consome, martiriza e sufoca a esgotar
Das mágoas ressentidas, que abismo o escrevem
No livro que sem página, a golpe ferido.
BARRINHA 20 de abril de 2021 www.antonioisraelbruno.recantodasletras.com.br
antonioisraelbruno
Enviado por antonioisraelbruno em 20/04/2021
Alterado em 21/04/2021
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