[No Soltar Das Algemas]
No frio soltar das algemas que me prendem
A angústia me carrega e solta na amplidão.
No espetáculo ser alucinado me derramem
Vivendas moralizando a morte na expansão!
Barulho maldito, medroso que enfadonho,
Ao sentimento em evasão sendo invadido:
Mergulham minhas dores na aflição do sonho
Livrando-me ao mundo se cruel e desvalido.
Punhal, afeta o coração de um infeliz amante
Imolado dos amores às severas dores sofridas
Algemas trinam: dor, revolta ao ser agonizante.
E me sinto pobre viandante que a vida sorrira;
Acidente causado pela morbidez que trazido
Algemas me soltam as mãos, preso afeto a ira!
Barrinha, 02 de novembro de 2009 12; 40.
Antonio Israel Bruno