CIDADE ENFUMAÇADA!
Na dor o amargurado abismo amante,
Suplício de um amor em que gerado;
Do olhar que em cismadores e possantes
Nas marcas as do corpo a alma enlevada.
Sóbrio comportamento, as noites fumaça,
Manhãs que esfumaçadas que vagamos
Pulmões que recebendo a dor na taça
Sofre os olhos no lenço em que os molhamos.
Ardentes que na vista, ares condenam
Não se tendo queimadas de onde as vem
Será por onde o sujo enforna o mundo?
Milhares respirando os envenenam;
Havendo por culpado certo há quem
Por pobre se de espírito que imundo!
Barrinha 08 de setembro de 2020-09-08
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