"O CRUZEIRO."
Só na estrada, que cruz que tem existência,
Triste é que confunde tempo de estado:
Quem se volta; no pó além permanência,
Sopro vida que a é; que pouco cuidado!
Presa em solo que ali, se parte no adeus;
Fora quis que se unir com outro no mundo:
Sabe o adeus o porquê pertence, se a Deus
Sabe dores, que até me espanta confundo.
Nessas cruzes se lê memória em ausente,
Dessas cruzes se vê que data partiu;
Passa traços de fé em nobre presente.
Quem amor se chorou, que junto em presente;
Quem ardentes se juntos, vista uniu.
Se ouviram no momento, quem se intendente.
Barrinha 05 de dezembro de 2018