"MOLDAR"
Quisera na imaginação que me condena, que fosse um ourives a moldar, na imagem o encanto de
Mulher.
A dama que abrilhanta em nostalgia, causa
Sombras dos porquês na rotina do querer e sem conseguir, busco o penar.
Ourives que trabalha a pedra e a molda, que primorosa torna e a trabalhar, deixa-a e na perfeição,
Embalsama um ser que na presença de tantos a avistarem, um notável encantamento.
Colibris que bailastes nas rosas e a dar o que de belo a natureza nos deu, o beijo mas real e amoroso que busca a rosa a beijar, não a espera vir...como as borboletas que num voo artístico, cambaleantes prosseguem e, hoje que mais não as vejo...as rosas não combinam com jardins a cimentados, frustram nossos conhecimentos e nós, na esperança de um viver correto, com a natureza somos brutos, inferiores vermes, pois, o cupim não estraga madeira dura, só mesmo a fraca e mole, nós os exterminamos.
Da passarada em que com os cantos,
acordava-nos, hoje somente os pardais que tomando conta dos nossos telhados, abrigam-se e êta pássaro assustado, dos bem te vis, cadê...a saudade tem como retratar essa nobre imaginação, porém não conseguimos nem mesmo o filme, só mesmo em nosso sentir, nosso querer e na imaginação, resta-nos.
Agradeço a mãe natureza que por não ter mais onde irem os Joãos de Barro, tornou-se ave da cidade visitando aos postes e neles suas casas fazendo...Antes, uma pessoa ia fazer a casa ia ver para ou de que lado o João de Barro construiu a porta pois saberiam por e de onde viriam as chuvas mais pesadas.
Tudo passou, nas aguas que as galerias recebem as leva nos rios que sujos pela descargas das cidades, não há mais vida e dessa agua que desce e muitas das vezes se acolhendo-a não causaria estragos inundações e nosso solo estaria com reservas...Fica caro, sim, porém hoje temos o material a recolher, no futuro ficará mais caro e a agua não haverá...aí chorarão os grandes, aí sentirão a necessidade de haver feito no passado o que aqui tanto clamo e ninguém ouve ninguém apoia, ninguém vem com coragem e afinco lutar pela natureza que apenas
dela sabemos retirar, retornar a ela uma pequeníssima alíquota do que fora esperdiçado.
Barrinha,15 de fevereiro de 2018
Antônio Israel Bruno