FOLHAS AO VENTO
Pelo nobre outono, descem as folhas ao vento
Em sol que aquece a mente e também a alma
Burlando aos amores, ferem ao sentimento
Brisa da alma que ao calor a vida, pobre acalma!
Despedaçando corações as arvores que se espalham!
Murchando aos poucos as folhas caídas...
Encantando a muitos com que se espraiam
As mortas folhas que esvoaçam despedidas...
E o vento que do norte sopra infiel agiganta:
Contra tudo e contra todos segue a varrer,
Despe as árvores e em remoinhos levanta;
Roupas pelos ares, papéis a longe ver!
Quando do oeste sopra o vento e a chuva cai...
Um sopro a aliviar o calor que se demanda
Como lenço a enxugar a testa vai,
Como a suar vão se todos desta banda.
Folhas mortas que vidas abrilhantam
Vidas expostas que o mundo as embriaga
Ao sopro dos ventos cabelos que esvoaçam;
Brilhantismo que além mortas; de outras plagas!
Barrinha; 02 de janeiro de 2015 - 11,52