Desejo violento de prender os lábios aos teus
E dono à densidade afável em que é infinda
Torno sacrílego à intenção vai ao apogeu
Ao prazer e loucuras com o que me brindas.
Na alma sofredora o poeta que se encanta
A singular sedução que martirizas
Ainda que sofrer seja prazer o imanta
Ainda que imã seja o mal amenizas...
Dos teus faróis a brilhar em que iluminas
Neste angustiante ser a fronte aflige
Ao cicio me encontro e me alucinas.
Deste misero poeta em que a clandestina
Na dura sorte em e em versos redige
Do modo de ser que de amor contaminas!