QUANDO O SERTANEJO CHORA...
Notando a tristeza aos olhos do sertanejo
Sem água prá beber, um prisioneiro que vejo
Embalam as dores n’ alma os olhos marejados
E das lágrimas caídas dá de beber a seu gado.
Sente a miséria a vir compreende ser a sorte
Não teme este guerreiro sem arma a morte!
Engana a si próprio pra não magoar aos pequenos
E dá graças de por juntos viver ainda ao enceno.
A vida é ingrata a este herói derrotado
Sofredor e não aceita por mísero ser tratado.
Em louca é a vida desditosa ao malfadado.
Vê chegar ao término e já nada mais existe
Apenas os filhos que dos mesmos não desiste
A fome, sede, missão de dor em que persiste!
BARRINHA 27 de maio de 2013 – 02; 09