Deixaste-me
Deixaram na ilusão os sonhos inesperados,
E no caminho a estorvar os passageiros,
Se os meus sonhos não foram realizados
Confronta ao canto do pássaro prisioneiro!
Eu, pensativo pela vida me encontro abatido
Entre mágoas, dores, pelas lágrimas também;
Frutos amargos e que por hora recebida,
Da alma enfurecida me sentindo ao desdém!
Outrora campos floridos,riachos ,à margem
Via feliz as águas a correr e junto delas vivia,
Secaram as fontes, os prados, vejo a aragem
Sentimento rude, mesquinhez e fome a estia.
Brusca e dura a queda dada a natureza
Nada mais e nem menos,desculpa arrasada.
É hoje pelos tempos que ocasiona tristeza
Minas, córregos , florestas devastadas!
Flora e fauna extintas... relva inexiste
Seca em pouco tempo a chuva que cai
O brilho do sol não é mais belo é triste,
Reflexo ao erro humano frente à criação do Pai!
Sem dar valor ao belo indo ao desconhecido,
Satisfaz ao nosso corpo e a nossa mente.
Na ganância os menos favorecidos;
Tornando miséria aos pobres impotentes!
Das minas que corriam belas a regar a terra,
Aos pobres as tapassem prá terra aproveitar,
Plantio de cana em muitas que as soterram...
Vêem as intempéries para nos ensinar.
Mas quem isso fez, se acaso terra não tenho,
Que de muitos cansei disto ouvi dizer!
Recebeu exterminou ao que te era sustenho
E de braços atados esperando para morrer!
Antonio Israel Bruno
antonioisraelbruno@gmail.com
Barrinha;19 de fevereiro de 2013