PECADORA!
Na severa e em dura punição a que me caio
Em nostálgica noite que os olhos se turvam
Ainda que a luz dos postes ou as de um raio
Em solene silencio pobres ombros se curvam.
Respeito teu clamor e pelas ordens ensaio...
Não busco lamúria a que só me conduzam,
Sim, levo meu modo de expressar e retraio
Se fidalgo perdoar-me, as críticas induzam...
Ainda que dos corpos nossos se escusem...
Na mente presente um fingir que subtraio
Fizera-te dama infeliz e teu trilhar acusam.
Deusa que ao sopro dos ventos ao esvaio
Quem em brisa tornara aos que a seduzam
Ainda se sofrer é prazer, a pecar te atraio!
Barrinha; 26 de janeiro de 13 – 14; 24