Nas telas do tempo a que bela configura Amante e amada mulher que me prende As linhas traçadas no plano da vida e pura Amor que se dá na paixão e que se rende!
Imagino-me frio e na amarga conjuntura Ainda me prese a tanto que me apreende Alma que apaixona e se em lúcida loucura Sofrendo o amor de que na paz se ofende!
Na estampa em que ilustra a nobre figura Alucina-me oh mulher que meu eu acende, Doído amor por sentido a doce amargura!
Meus olhos prendem na estampa q’estende Do tempo que vôa e somente nos desfigura, Você o estampado todo na figura despende!