ESCÂNDALO...
Contrario os bons costumes ao que falo
os meus queixumes interpretam indecorosos;
Escândalo pelo ciúme ao proferir e não me calo
Embalo ao balanço os meus sonhos desditosos!
Quando amores atalham, porém desejosos;
Triste sentindo à embriaguez me abala;
Sentindo humilhado e chega ao gargalo
A voz, nas palavras doridas, mas carinhosas!
Constrangimento ao tumulto pobre sala;
Dos temores em que se ouvem ruidosos
A lembrança fascinante despetala!
Ao espanto que segue os olhos regala
Ainda que sejam tormentas preciosas;
Pela estrada a fugir avermelhada opala!
Barrinha 18 de agosto de 2010
Antonio Israel Bruno