NO ENLEAR DA ESCURIDÃO !
Num invólucro d’alma o qual transfiro
A luz que o mundo com sucesso colhe,
Na claridade inebriante ao cego, mira,
Tem luz o escuro os olhos que acolhe.
Luz d’alma que o fosforescente brilha
Na sensação que do escuro atrapalha,
Ser cego é o que sem luz a alma trilha;
Brilhante o poder de ter plena batalha.
Ainda caminhando difícil e sob auxilio
Sem tropeçar nas erradicas calçadas,
Cobrindo-lhe manto em que dá exílio
Dá-lhe força e coragem, presenteadas.
Sob a escuridão de que nada vemos;
Transgride a dor; pensamentos alheios:
Numa escuridão quer infeliz tememos;
Sem medrar lágrimas, é assim o enleio
Enleio = embaraço
Barrinha , 11 de maio de 2009 16h23min.
Antonio Israel Bruno
antonioisraelbruno
Enviado por antonioisraelbruno em 27/05/2009
Alterado em 27/05/2009