Às Margens Do Engano
Na maneira de viver e triste pensando
E triste caminheiro que sigo esconjuro
No precipitar da morte que aceitando
O notar das lagrimas em que perduro.
E caminho, tua imagem segue adiante
Noto que me apresso para te buscar
Pois a deusa que embeleza, radiante,
Ao sentimento puro vir a ti se curvar.
Que me encontro a você, em trejeito
Que na paixão inebria este sofredor...
Por amar em silêncio, sofre este peito
Que em ti a pensar sinto terno rancor!
Medo te declarar e ,um não, receber,
Não recebo me declarar não consigo;
Teus passos os rastros que a meu ver;
Ainda mais que um cão fiel que te sigo!
Afetuosamente me delira e me espanca,
Invade-me o interno a que me regressa
Sinto nada ser e o seu amado alavanca
Quando em abraços abertos endereça.
Deste meu viver que apaixonado e cego
Nas correntezas da vida me vejo levado
Se amo e se sofro,se choro eu não nego
Aprisionado o coração, na mágoa calado.
Mas o susto que levo quando acordando
Bato nas faces à ver se isto é realmente,
Noto que acordei e sonho me matando;
Alma ferida, a sorrir o sonho e somente.
Barrinha, 02 de maio de 2009 13h1min.
antonioisraelbruno
Enviado por antonioisraelbruno em 03/05/2009