... madrugada!
Pregara-me um susto esta noite que depois de dormir,
Fui acordado com o barulho a que então provocastes.
Meio a este susto apertei o botão a luz não quis luzir,
Temeroso me encontrou em que nas janelas tocastes !
Bem depois de acordado, que percebi então seres tu,
Quis assustando a todos sem alardes ou gritos soltar,
Demasiadamente impusera sobre a noite a maracatu
Para que não fosses visto se adentrando para assaltar
Assim que as velas tomaram lugar das fluorescentes ,
Como antes as fluorescentes não havia, a luz de vela!
Lampiões que as casas nas paredes tinham pendentes.
Que hoje ainda às revivem,graças a cortiços e favelas
Noite longa as horas não passavam no maldito relógio
Podemos com o relógio; não podemos é com o tempo
Logo percebia madrugada terminava,num necrológio!
A que ia percebendo estragos deixados contratempos
Da colheita a que não perdoara nem mesmo os botões
Vindo por terra cair,em que tamanho fora o desalento ,
Ainda que sacudido por dores,sustos à tantos corações
Deixou rastro amargurado confirmando:mão do vento!
Barrinha, 18 de outubro de 2008 16:00
antonioisraelbruno
Enviado por antonioisraelbruno em 18/10/2008
Alterado em 05/03/2009