Suave amargura
Agradavelmente sentimental,espirituosamente de um suave amargor,
relíquia que busca no singelo amor a florir,dose que alta composição:
No manejo que impera ainda que o sofrimento,a compostura do amor ,
E rasga-me na sensibilidade nua, num amor sóbrio valha-me coração!
Se das conquistas a que tivera minha lúcida memória que o peito arde,
E em desatinos comoventes o meu sofrer que suavizante se expõe a ti,
A que a merencória do teu olhar a luz em que severamente abastarde,
Abismado aos teus ricos anseios,embora que o teu pensamento refleti!
Amargura infinita traz!O meu sentimento ofusca se na total;Derrota!
Faz julgar-me em sofredor apaixonado,o sofrimento que apaziguante.
Borbulho no mais profundo poço de paixões ao que no teu transporta,
Afogar-te no mais raso córrego e lhe ofereço oh! Deusa que dançante!
Ainda dos sopros que por enxugar-te o suor que teus poros limparam
E dos sonhos meus que em realidade os fizera,amargura-me a alma...
Enquanto que das doidas ilusões meu cérebro que cansado ser arfara
À suaves prantos quem na loucura,paixão e o amor traz - me na calma!
Barrinha,05 de outubro 2008 - 14:08