deusa do meretricio
Na luz das luzes que encobre adicionadas nas paredes,
que busca levar e trazer na aparência em que mostras;
sinto luzir nos teus olhos que apaixonados e não vedes:
que na paixão não podes aparentar para que não sofras!
Dos ciúmes que por um amor passageiro que até banal.
Trazes dor e não pode reclamar, nem então pode sentir...
A vida que tanto te crucia não é vida é apenas infernal,
Duma rainha ao espelho, oferecida ao visitante à servir !
Teu papel eu não imagino, reconheço sofrimento louco!
Se os trajes elegantes se,põe ninguém sabe quanto paga
Igual plumagem usa o pavão tão belo em que tampouco;
Vindo, os carnavais os levam e para a festa ele naufraga!
Assim és diva !Que porém sofredora e escrava te fazem,
Teu uso é enorme e risco de vida corre enquanto és bela
O vil monetário te compra,teu corpo é apenas moldagem ,
Arrecadador é quem a roupa dá não afirma;é tudo balela!
Ainda que horroroso suportar um amor que nem conhece;
Humilhada e usada à seu modo e sem banho talvez tomar,
É chamada ao colchão que a ele muito, muito se apetecem,
Do teu corpo belo, paixão!O faz nele o seu sonho realizar !
Ultima classe dizem muitos,mas por doença e sem arrimo,
Umas por um erro que seus pais vieram fora de casa atirar
Numa miséria encontrou no meretrício e o corpo belíssimo
Convite feito,passo dado que porem não tem como voltar!
Ainda que teu corpo vendera,te diriam mulher mesquinha!
E outros num palavrear mesquinho diriam pobre meretriz,
Num esgotar, torna-se infeliz em que seu corpo se definha
Apagam-se as luzes que a receberam deixa na alma cicatriz!
Barrinha, 14 de setembro de 2008 12:58
Antonio Israel Bruno
antonioisraelbruno@gmail.com