O Pano
O pano que tecido às mãos por capricho, renda era pouca,
O fio de algodão enrolado aos dedos tornava em linha...
Tecelão que com suas manias,truques e caprichos loucos
Panos em fazendas. Havia o linho,algodão ,crepe e cetim.
Famoso cetim que por décadas,centenários até milênios,
Divisas ,encantos e glamour a tanta mulher nele vertiam...
Se que por paixão a mulher ao pano...verdadeiros gênios
E sendo pelo pano coberta suas formosuras lhe vestiam!
tendo a vida uma riqueza enorme basta ter e saber usá-la,
O pano,da bandeira ao mastro enquanto o vento balanceia
vestes ,contemplada quanta beleza das curvas acentuá-la,
Sê ; uma diva mesmo que abstrata,sentimento estonteia!
Estes panos que deram prazer tanto,como terno de linho...
Em que também excelente e rico,nobre terno de casimira
O pano que separava as classes,do burguês ao pobrezinho
Ainda que a sensibilidade tocasse o seu amor pelo caipira .
Mas o pano a que tanto exclamo e por ele sinto dores
Um é a toalha que seca o corpo após banho ou se molhar
O outro que pequeno,mas que cura-nos momentos horrores
É o lenço,que na partida o aceno faz-nos apenas chorar.
Também quando de um torpe,que a vida cruel nos oferece
De um amor que se foi,de um amigo ou até mesmo um ente
Sentimos o pano que pequeno,tanto,tanto..tanto ele cresce!
A enxugar as lágrimas doridas tristes,amargas e comoventes!
Barrinha,04 de julho de 2008 - 20:16
Antonio Israel Bruno
antonioisraelbruno@gmail.com
antonioisraelbruno
Enviado por antonioisraelbruno em 04/07/2008